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Comércio pode abrir até 4,5 mil vagas para temporários, mas tem dificuldade de preencher

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Comércio pode abrir até 4,5 mil vagas para temporários, mas tem dificuldade de preencher

O comércio varejista de Goiânia deve abrir quase 4,5 mil vagas de trabalho temporário para este fim de ano, por conta de uma estimativa de crescimento de 3% a 5% nas vendas em relação ao mesmo período de 2022. Mas muitos lojistas estão tendo dificuldade para preencher as vagas. Entidades patronais estão oferecendo cursos gratuitos e criaram bancos de empregos para receber currículos dos interessados, fazendo parcerias com outros órgãos para aumentar a captação e oferecendo oportunidade para pessoas com mais de 40 anos.

Quem for contratado, já pode começar a trabalhar de imediato em muitas lojas. Depois de terem dificuldades para encontrar temporários no fim do ano passado, muitos lojistas se anteciparam e já começaram a contratar. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Goiás (Sindilojas-GO), Cristiano Caixeta, lembra que muitas lojas já estão com placas anunciando suas vagas.

Segundo ele, por conta do atual déficit de pessoal, a estimativa é que 80% dos temporários sejam contratados. “Hoje, há mais oferta de vagas do que procura”, ressalta. A entidade oferecerá treinamentos gratuitos para candidatos às vagas temporárias, que começam já neste mês de outubro e serão realizados em todos os municípios goianos. Para o curso do Sindilojas, em Goiânia, serão abertas duas turmas com 100 vagas.

A primeira palestra do projeto Vendedor 4.0, acontece na próxima quinta-feira (5 de outubro), em Goiânia. “O desempenho do comércio vem melhorando e a estimativa é ter um bom fim de ano”, diz o presidente do Sindilojas. Ele lembra que as vendas para o Dia da Criança costumam ser um pré-termômetro e a Black Friday, um termômetro de como será o Natal. “Até pela falta atual de colaboradores, os temporários já serão contratados para começar a trabalhar nestas datas”.

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Os interessados nas vagas podem enviar seus currículos para o Sindilojas, que é uma ligação entre os trabalhadores e os lojistas. Caixeta informa que o projeto para 2024 é fazer uma bolsa de empregos durante todo o ano. Para ele, entre os motivos para esta carência de mão de obra estão a falta de qualificação profissional e o excesso de benefícios sociais de governos. “Muita gente deixa de trabalhar para não perder um benefício.”

A carência já leva shoppings a buscar alternativas, como criar vagas de meio período paraatrair jovens no primeiro emprego. Um projeto atual da Associação de Lojistas do Flamboyant (Aslof) é investir na contratação do público sênior, com mais de 40 anos. O presidente da Aslof e vice-presidente do Sindilojas, Reginaldo Garcia, informa que o centro de compras está oferecendo 300 vagas para este fim de ano, mas há dificuldade para contratação. “Vamos investir neste público sênior para atender o mercado e treinar.”

Os interessados nas vagas podem encaminhar seus currículos para a Aslof. Além de oferecer a preparação, a Associação também direcionará os perfis mais adequados para cada loja. “Precisamos de funcionários para todos os níveis. A carência é grande”, alerta Garcia. Por conta disso, a entidade já fez parcerias com o Colégio Militar, Sine e Sesc/Senac para captação de mão de obra.

As operações no shopping oferecem vagas, inclusive, para haitianos, que são considerados muito bons na área de alimentação. Só o presidente da Aslof, que tem 12 lojas da marca Havaianas, conta que precisa contratar pelo menos 15 pessoas, entre vendedores e estoquistas para este fim de ano. Outro problema, segundo ele, é a alta rotatividade. “Só no shopping, entre 200 e 300 pessoas são contratadas todos os meses”, informa.

Proprietário da Green Pel Papelaria, o comerciante Sadala Jorge Jarmach quer contratar seis ou sete temporários para este fim de ano. Os dois primeiros já começaram a trabalhar. “Mas todo ano está difícil encontrar mão de obra. Por causa dos muitos benefícios dados pelo governo, muitos trabalhadores estão negligentes e não aceitam mais um trabalho formal”, destaca o lojista. Por isso, o melhor foi começar a procurar logo, até para os candidatos entrarem no ritmo de vendas da loja. Os selecionados ficarão, pelo menos, até fevereiro, para atenderem a demanda de volta às aulas.

Um dos contratados foi o vendedor de balcão Kalil Elias Hanna El Nazak, que já tinha experiência em vendas. Ele conta que procurava trabalho há algum tempo e que a vaga foi uma boa oportunidade porque a loja fica perto de sua casa, o que não exigirá transporte público. “Já tinha procurado trabalho em outras lojas, mas esta vaga se encaixou perfeitamente”. Estudante do 3º ano do ensino médio, ele ainda terá a oportunidade de trabalhar meio período até o fim das aulas.

A superintendente executiva da CDL Goiânia, Hélia Gonçalves, lembra que a dificuldade de mão de obra, qualificada ou não, atinge todas as empresas. Por isso, as vagas temporárias são uma oportunidade de contratação para reduzir o problema. Mas ela lembra que o lojista deve planejar o processo de seleção, conferir as referências do candidato, ter um bom plano de remuneração variável para que o funcionária entregue o que a empresa precisa e promova uma adaptação à cultura operacional, trabalhando uma comunicação de forma efetiva.

Para Hélia, o grande número de vagas oferecidas em todo País refletem uma tendência de aquecimento da economia. “Cada vez mais empresários aderem à modalidade de vagas temporárias, uma boa oportunidade para avaliar um possível funcionário e uma maior facilidade para quem busca uma vaga, sendo um degrau para a efetivação”, ressalta.

Fonte: O Popular

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