A Caixa Econômica Federal tem até 31 de agosto para distribuir aos trabalhadores parte do lucro obtido no ano passado com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em 2023, o fundo registrou um lucro recorde de R$ 23,4 bilhões, conforme anunciado pelo banco em julho.
O resultado é composto por R$ 16,8 bilhões de lucro recorrente, relacionado ao retorno de aplicações em títulos públicos e operações de crédito, e R$ 6,5 bilhões de resultado atípico em relação à renegociação do Porto Maravilha. Em 2022, o lucro foi de R$ 12,1 bilhões.
O percentual a ser distribuído aos trabalhadores será definido nesta semana pelo Conselho Curador do FGTS. Nos últimos anos, a distribuição dos lucros do fundo foi de 99%. O valor é proporcional ao saldo existente na conta em 31 de dezembro de 2023.
Tem direito a distribuição de lucros, o trabalhador que tinha conta do FGTS com saldo positivo em 31 de dezembro de 2023. Os valores creditados só podem ser sacados caso os trabalhadores se enquadrem em uma das hipóteses de saque previstas pela Lei. Logo, para a maior parte das pessoas, o dinheiro recebido ficará na conta.
Distribuição deve ser de 90%
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o saldo do FGTS deve ser corrigido pelo índice de inflação oficial (IPCA). Assim, mesmo com a remuneração de TR + 3% e a distribuição de lucros, o rendimento não pode ser inferior ao IPCA. Se o rendimento for abaixo da inflação, caberá ao Conselho Curador do FGTS definir como compensar a diferença.
Para este ano, Mário Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), projeta que o percentual ficará em torno de 90%, o que representa um total de R$ 21 bilhões distribuídos dos R$ 23,4 bilhões.
A projeção considera a decisão do STF, já que os R$ 2,34 bilhões restantes serão destinados à Conta Patrimônio Líquido do FGTS para eventuais despesas.
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